segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sem Título, Pra Logo Ser Esquecido

   Às vezes, parece que me vejo em uma pintura. Muito bem detalhada, com sombras e tudo mais. Alguns filósofos diziam, que o mundo em que vivemos não passa de uma ilusão, e que, quando descobrimos isso, é o primeiro passo para a insanidade. Mas não é de meu interesse falar sobre filosofia. A filosofia vai contra tudo que eu acredito, faço, e escrevo (aqui, principalmente).
   Então, essa pintura às vezes, pelo mal-acabamento, denuncia a falsidade de tudo o que supostamente vivemos à volta.
   Quando eu volto dos quilômetros rodados, passo a analisar tudo com mais calma. E vejo, que não era nada daquilo. Eu tenho mania de invertar coisas quando não estou satisfeito comigo mesmo. Isso ocorre com uma frequência muito baixa, mas, hoje, essa excessão aconteceu.
   E, não que isso mereça uma atenção especial. Nem que excessões insignificantes como essa precisam se registrar na memória de alguém. Nem que eu quero que saibam disso.
   Essa analogia, me fez lembrar: eu te escrevi poemas, te compus canções, te cantei canções, te escrevi cartas, te chamei de 'amor', te enxuguei as lágrimas, te abracei e te mandei flores; e você sequer veio pra me visitar, quando adoeci. Você sequer sabe o motivo de eu estar mal. Você nunca me escreveu de volta.
   Preferi apagar as sombras, que tornavam a pintura real. E consegui deixar de lado o que me impedia de respirar de novo (eu disse que não gostava de filosofia).
   Aqui lhe deixo, o último registro de que um dia, você foi importante pra mim. Mesmo você não lendo. Mesmo você não se importando.

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